As fôrmas são um conjunto de elementos cuja função é moldar as estruturas de concreto, garantindo que as dimensões desejadas serão obtidas, ou seja, são estruturas temporárias executadas com o objetivo de dar ao concreto armado a geometria estipulada.
Devem apresentar resistência suficiente para suportar esforços provenientes de seu peso próprio, do peso e da pressão lateral do concreto, do adensamento (vibração) deste, do trânsito de pessoas e equipamentos; rigidez suficiente para manter as dimensões e formas previstas no projeto estrutural para os elementos de concreto e estanqueidade, para evitar vazamentos que comprometam a qualidade do concreto. Sua estabilidade, alinhamento e prumo devem ser garantidos utilizando-se suportes, travamentos e outros acessórios de fixação e amarração.
Quando se consideram dados estatísticos que informam que na execução de uma estrutura (predial) em concreto armado o custo do sistema fôrmas/escoramento pode chegar a 40% do seu custo final e demandar 60% do tempo da mão-de-obra gasta nesta etapa da obra, justifica-se a necessidade de um estudo racional de seu dimensionamento e execução o que, na prática, não se verifica na maioria das obras, uma vez estas tarefas são geralmente delegadas a encarregados de carpintaria ou empreiteiros terceirizados.
O aumento constante nos preços dos insumos e nos gastos com mão-de-obra obrigam, a cada dia, que os construtores invistam em planejamento e racionalização do sistema fôrmas/escoramento, objetivando ganhos de produtividade e redução de tempo na execução das obras.